Encontros que fazem sentir: o potencial de transformação das marcas pela experiência

No Clima
5 min readMar 13, 2024

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em Humana

Photo by Cris Trung on Unsplash

Afinal, qual é o papel das marcas na promoção de bem-estar para as pessoas e suas comunidades?

Este artigo parte de insights do nosso report “Sentir que Marca”, um material 100% autoral da No Clima com análises e provocações sobre branding e bem-estar. Leia o report completo aqui.

Em um mundo cada vez mais digital, a necessidade de conexões pessoais e experiências sensoriais autênticas está se tornando uma prioridade para as pessoas. Este fenômeno tem implicações significativas para as marcas que buscam promover o bem-estar e construir comunidades engajadas.

A pandemia e o aumento do tempo gasto nas redes sociais desencadearam uma epidemia de solidão, levando as pessoas a buscar conexões reais e experiências sensoriais.

Em tempos de inteligência artificial e grande obsessão pelo digital, torna-se fundamental pensar em Branding como experiências que vão além e invadam o “real”. Uma vez que as pessoas passam novamente a sair de casa, a necessidade por experiências reais e espaços de convivência ganham preferência. Nutrir e cultivar relações em pessoa, promover momentos de comunhão e troca social são o que trará o retorno em relação mais saudável com o aspecto social do bem-estar.

Com a crescente importância das experiências compartilhadas e espaços de convivência, as marcas conectadas com seu tempo devem pensar como podem impactar positivamente e promover experiências de bem-estar para suas comunidades.

Diante desse cenário, as marcas têm a oportunidade única de atender a essa necessidade, criando espaços que promovam interações pessoais e experiências compartilhadas.

A crescente necessidade das pessoas por conexões pessoais e experiências sensoriais autênticas aponta para um caminho de maior sensibilidade e atenção das marcas para essas necessidades. Afinal, sabemos que as marcas não podem estar desconectadas do seu próprio tempo e das necessidades reais das pessoas, sendo os principais agentes que ajudam as pessoas a navegarem em um mundo em constante transformação.

Ao investir em experiências sensoriais e espaços de convivência, as marcas podem promover sentimentos positivos, maior conexão entre as pessoas e um senso de comunidade.

Além disso, ao criar esses espaços, as marcas têm a possibilidade de transformá-los em verdadeiras experiências para seduzir, provocar, chocar, despertando sentimentos através dos sentidos e impulsionando trocas em tempo real. Portanto, ao promover experiências de saúde e bem-estar com foco sensorial, as marcas podem se destacar como líderes na construção de comunidades engajadas e na promoção de um estilo de vida saudável e equilibrado.

Uma das unidades do café da Gentle Monster em Shangai

A marca coreana de óculos Gentle Monster, por exemplo, destaca sua inovação ao investir pesado nas experiências sensoriais únicas em suas lojas. Com uma cenografia bizarra e futurista, a marca atrai o consumidor não só através de seus produtos, mas vai além, proporcionando experiências físicas únicas e criativas, altamente conectadas com os valores da marca. Eles também criaram um café que tem a mesma intenção estética de chocar, mas que, diferente do espaço onde apenas a experiência sensorial é sentida, no café as pessoas podem ir literalmente para socializar com as outras.

Outra marca que utilizou da inovação e da criação de experiências sensoriais e compartilhadas como estratégia para promover o bem-estar e a conexão pessoal foi a Granado. A marca surpreendeu ao abrir uma sorveteria que oferece sabores baseados em seus perfumes, incitando a experiência sensorial e social.

Sorvetes da Granado inspirado em suas fragrâncias

A Granado, ao criar uma sorveteria com base em seus perfumes, não apenas oferece um produto sensorialmente atraente, mas também promove um ambiente propício para a interação social e a criação de momentos compartilhados. Isso demonstra como as marcas estão respondendo à demanda por experiências físicas e espaços que promovam trocas sociais, contribuindo para um retorno saudável ao aspecto social do bem-estar.

Outro exemplo da promoção de experiências e trocas presenciais é o da Oma’s Soep. A marca de sopas disponibilizou cestos verdes com os escritos “aberto para conversar”, sinalizando que aquela pessoa gostaria de interagir. Além disso, a marca organiza eventos sociais como noites de speed dating e preparação coletiva de sopa, com o objetivo de que as pessoas confraternizem mais. Essas ações não apenas fortalecem o relacionamento da marca com a comunidade, mas também contribuem positivamente para sua percepção de valor, destacando-a como uma marca que se preocupa com o bem-estar social e a construção de laços interpessoais.

Esses casos exemplificam como as marcas estão inovando e criando espaços que promovem interações reais e experiências sensoriais positivas, atendendo à necessidade humana de conexão pessoal e experiências compartilhadas.

Assim, não apenas as experiências que acionam e despertam a conexão com os sentidos são uma tendência das marcas que pensam a inovação para atender a essas necessidades, mas também a promoção de espaços que promovam interações pessoais, experiências compartilhadas e trocas em tempo real.

A criação de espaços de convivência que promovam o bem-estar das pessoas e incentivem trocas em pessoa é essencial para as marcas que buscam se destacar em um cenário cada vez mais digital. A promoção de experiências sensoriais e compartilhadas não apenas fortalece o relacionamento da marca com o público, mas também contribui para a construção de comunidades engajadas e a promoção de um estilo de vida saudável e equilibrado.

Em resumo, as marcas têm um papel fundamental na promoção de experiências sensoriais e compartilhadas que promovam o bem-estar e a conexão pessoal. Ao criar espaços que provoquem sentimentos e promovam trocas em tempo real, as marcas podem se destacar como líderes na construção de comunidades engajadas e na promoção de um estilo de vida saudável e equilibrado.

Provocações

  • Como sua marca está respondendo à demanda por experiências reais e espaços de convivência que promovam o bem-estar e a conexão interpessoal?
  • Sua marca está promovendo um senso de comunidade através de experiências compartilhadas?
  • Sua marca está criando experiências sensoriais e espaços que promovam trocas sociais, contribuindo para um retorno saudável ao aspecto social do bem-estar?

E você, tem pensado em como sua marca pode abraçar essa tendência e criar espaços que promovam o bem-estar e a conexão pessoal?

Não deixa de compartilhar com a gente o que pensa sobre essas reflexões. A gente ama um bom papo!

Ficou com curiosidade de saber mais sobre a relação entre branding e bem-estar? Leia nosso report “Sentir que Marca” na íntegra aqui.

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Written by No Clima

Consultoria criativa de Branding. Acreditamos em criar marcas reais, à prova de futuro. Somos apaixonados por branding! #brandingpravida.