Menos tabu, mais responsabilidade: um papo para marcas corajosas
em Engajada
Afinal, qual é o papel das marcas na promoção de bem-estar para suas comunidades?
Este artigo parte de insights do nosso report “Sentir que Marca”, um material 100% autoral da No Clima com análises e provocações sobre branding e bem-estar. Leia o report completo aqui.
Hoje, as pessoas estão buscando mais do que apenas produtos e serviços; elas querem marcas que ofereçam experiências de descompressão, promovam debates corajosos e sem tabu sobre o bem-estar e ofereçam opções inovadoras que modifiquem a visão convencional do bem-estar.
Diante disso, reparamos na crescente importância das marcas na desmistificação de tabus e na promoção de um bem-estar mais holístico.
As marcas estão sendo desafiadas a expandir sua capacidade de atender e se conectar com os consumidores, abrindo novas frentes para promover uma vida mais saudável. Isso inclui o papel das marcas na desmistificação de temas como saúde sexual, saúde íntima e uso de canabinóides, assim como na promoção de debates corajosos e sem tabu sobre o bem-estar.
Destacamos a pesquisa da Global Wellness Institute, que revela a alta demanda dos consumidores por mais opções de produtos de bem-estar e a expectativa de que outras categorias também ofereçam opções nesse sentido.
A real é que bem-estar não é mais uma opção ou uma pauta exclusiva aos setores diretamente ligados a produtos de bem-estar, como os de saúde e beleza.
A necessidade de pensar nas pessoas, nas comunidades e na promoção do bem-estar deveria ser parte integrante da estratégia de qualquer marca, seja ela diretamente ligada a esse mercado ou não.
As marcas que conseguem atender às demandas e aos desafios postos pelas transformações estão mais alinhadas com as necessidades dos consumidores, podendo se destacar em um mercado em constante evolução.
Além disso, as marcas são incentivadas a oferecer experiências de descompressão inovadoras, tanto online quanto offline, que modifiquem a visão convencional do bem-estar, promovendo um bem-estar mais holístico. A abertura para discutir temas considerados tabus, como saúde sexual e saúde íntima, é destacada como uma forma de as marcas se conectarem mais diretamente com seus consumidores, catalisando conversas que ajudam as pessoas a vivenciar um bem-estar mais holístico e menos óbvio.
É imprescindível que as marcas criem estratégias que não só toquem em temas desconfortáveis, mas que os escancarem por completo. A coragem de gerar conversas, oferecer informações que educam muito além de seu público e promover experiências originais que modificam a visão sobre bem-estar são essenciais para as marcas que desejam se destacar e criar um diferencial na vida das pessoas.
Um exemplo é a marca inglesa Luna, que abordou o tabu em torno da saúde sexual, criando uma linha direta com sessões de áudio divertidas, desenvolvidas em colaboração com especialistas, para ajudar as pessoas a entender melhor a anatomia e a saúde sexual. Essa abordagem destemida e educativa permitiu que a marca trouxesse à tona um problema real de saúde sexual, expondo as pessoas a tópicos que precisam ser discutidos na sociedade.
Outro exemplo é a marca brasileira Lubs, que aborda o tema da saúde sexual de maneira serena e delicada, sem clichês e com materiais naturais. A marca se posiciona como um polo de conhecimento e desmistificação do sexo, abrindo espaço para a conversa e ajudando as pessoas a explorar o prazer sexual de forma livre de preconceitos e julgamentos.
Além disso, marcas como Pantys e Vuokkoset estão desafiando os estigmas em torno da menstruação, promovendo discussões mais profundas e conectadas com problemas reais. Elas estão criando produtos inovadores, como calcinhas menstruais, e eliminando a representação de sangue através de líquidos azuis, sem receio de falar sobre assuntos difíceis e complexos.
Esses casos demonstram como as marcas estão se empenhando em desmistificar tabus, promover debates corajosos e oferecer experiências originais que modificam a visão convencional do bem-estar.
Elas estão desafiando os estereótipos e atuando como catalisadoras de conversas que ajudam as pessoas a vivenciar um bem-estar mais holístico e menos óbvio. Essas marcas estão levantando bandeiras para muito além do hype, sendo corajosas e empáticas, e sustentando um posicionamento que realmente modifica a forma como o bem-estar é encarado.
Em resumo, as marcas que conseguem desafiar os estereótipos, desmistificar tabus e promover um bem-estar mais holístico estão mais alinhadas com as necessidades dos consumidores e podem se destacar em um mercado em constante evolução.
É hora de as marcas pensarem além do simples fornecimento de produtos e serviços e se inserirem ativamente no debate sobre saúde e bem-estar, oferecendo experiências disruptivas que modifiquem a visão convencional do bem-estar.
Provocações
- A sua marca consegue criar experiências de descompressão — on e offline?
- A sua marca consegue promover debates corajosos e sem tabu sobre bem-estar?
- A sua marca vem oferecendo experiências originais (e não óbvias) que modificam a visão sobre bem-estar?
Essas perguntas são fundamentais para desafiar e repensar as estratégias e abordagens, com o objetivo de expandir a capacidade das marcas de atender e se conectar com as comunidades, promovendo uma vida mais saudável e desmistificando tabus relacionados ao bem-estar.
Não deixa de compartilhar com a gente o que pensa sobre essas reflexões. A gente ama um bom papo!
Ficou com curiosidade de saber mais sobre a relação entre branding e bem-estar? Leia nosso report “Sentir que Marca” na íntegra aqui.
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