Branding é autenticidade: a genética das marcas

No Clima
5 min readFeb 26, 2024

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em Única

Photo by Dom Hill on Unsplash

Esse artigo é parte de uma série que explora os achados do nosso Report RealBrands 2024. Se você quiser acessá-lo na íntegra, vem ler aqui!

Em um cenário cada vez mais exigente por relações reais, as pessoas estão redefinindo suas identidades para serem mais autênticas consigo mesmas. De forma semelhante, elas esperam essa mesma autenticidade das marcas.

Não há mais espaço para idealização ou superficialidade. As pessoas buscam relacionamentos significativos, e, portanto, esperam que as marcas sejam corajosas o suficiente para serem verdadeiras durante suas interações e comunicações, e que compreendam a realidade dos consumidores como ela é.

O Mundo Única do Report Real Brands 2024 destaca a importância crucial de as marcas cultivarem uma identidade única, alinhada com valores autênticos e um propósito forte. Este mundo reflete a necessidade das marcas de entenderem quem são e agirem coerentemente com sua identidade, num processo contínuo e dinâmico de autoconhecimento e adaptação às mudanças sociais e de mercado.

Neste cenário, a autenticidade e a genuinidade tornam-se atributos indispensáveis, com as marcas sendo desafiadas a refletir a realidade das ruas, criando conexões significativas com os consumidores e engajando-se em conversas relevantes de sua comunidade.

Como em um processo terapêutico, as marcas precisam se conhecer mais profundamente para não perder sua essência diante das constantes mudanças. Esse é um processo contínuo e dinâmico no qual sempre é necessário questionar e se desafiar para permanecerem alinhadas com as demandas da época.

Mais do que o ideal, as pessoas estão buscando o real.

O segredo para estabelecer conexões significativas com o público está em abraçar a realidade. Apesar de parecer simples ou algo já batido, são poucas as marcas que realmente conseguem traduzir o real, se conectar com seus consumidores e aproveitar as oportunidades de uma forma autêntica.

O verdadeiro teste para uma marca é sua capacidade de impactar as pessoas e criar uma conexão genuína e profunda que resulte em um sentimento de pertencimento. Afinal, a marca sabe com quem está falando e por que está falando. A comunicação nunca deve ser em vão. É essencial explorar a representatividade das coisas que se assemelham mais às nossas vidas.

O futuro do branding está na capacidade das marcas de capturar e refletir a essência das ruas, de abraçar a vida real e de estabelecer um diálogo genuíno com seus consumidores. Em um mundo onde a autenticidade é valorizada acima de tudo, as marcas que são verdadeiras são as que se destacarão. Marcas autênticas reconhecem e celebram a diversidade, permitindo que suas identidades evoluam e se adaptem à vida real das pessoas.

Um exemplo do movimento de abraçar a realidade e recusar a idealização foi feito pela marca IKEA, que veiculou uma série de vídeos comerciais naquela pegada “gente como a gente”. Sob o slogan “a vida não é um catálogo da IKEA”, a marca conseguiu uma maior proximidade com seu público ao retratar cenas da vida que não são perfeitas, como um cachorro fazendo xixi no tapete do quarto, alguém passando mal no sofá e sujando-o, ou pais chegando em casa e descobrindo que o filho fez uma festa na noite anterior. Essas são situações que facilmente podem ocorrer na realidade, mas raramente são mostradas em propagandas de marcas.

É importante lembrar que, no mundo das marcas, ter uma identidade de marca é fundamental, assim como é essencial estar sintonizado com as discussões e valores do momento. Isso envolve ajustar a maneira como a marca se relaciona com o contexto em que está inserida. Aquelas que prosperam são aquelas que encontram o equilíbrio entre serem autênticas e se adaptarem a um ambiente em constante mudança.

Compreende-se cada vez mais profundamente que, para navegar em um mundo tão caótico e instável, apenas a originalidade e a proximidade podem ser o que gera a longo prazo a atemporalidade de uma marca, uma vez que ela sempre estará atualizada com as transformações do contexto em que está inserida.

Por isso, é preciso estar atento à relevância de uma abordagem de branding que fuja do “blanding” — uma tendência de pasteurização de marca — e que seja corajosa o suficiente para se destacar no mercado.

O fenômeno do “blanding” tem se tornado cada vez mais comum, especialmente com o avanço das tecnologias de inteligência artificial, que facilitam a criação de peças gráficas e textos. Embora essas ferramentas sejam úteis para otimizar processos e estimular a criatividade, elas só podem criar com base em peças e textos preexistentes. Portanto, se não forem alimentadas com insights criativos, tendem a gerar mais do mesmo.

As marcas que seguem esse caminho de “piloto automático” acabam perdendo sua originalidade. As mudanças podem ser benéficas, mas não devem ser aplicadas indiscriminadamente por qualquer marca, em qualquer mercado e a qualquer momento. Elas devem ser uma escolha intencional e estratégica, não apenas uma ação para seguir uma tendência passageira.

Nesse contexto, é fundamental reconhecer a importância da ousadia criativa como antídoto para a uniformidade. O caminho a seguir é o de experimentar, aprender e aperfeiçoar. Quando uma marca segue o mercado de maneira reativa, buscando apenas se igualar, ela se torna uma marca que não oferece nada de novo ou diferente, tornando-se apenas mais uma no mercado.

A coragem de criar, ousar e descobrir o próprio valor é o antídoto para o “blanding.” Quando uma marca encontra sua voz e abraça sua singularidade, não apenas atrai, mas também se torna um agente de mudança no mundo. Ela se destaca, constrói relacionamentos sólidos e inspira lealdade.

É hora de as marcas ousarem, serem autênticas, abraçarem sua individualidade e desafiarem o status quo. Essa é a essência do verdadeiro branding — marcas que não apenas seguem tendências, mas as criam e moldam.

Provocações: o que torna sua marca única?

  • Sua marca está falando ou dialogando? Está realmente engajando em uma conversa significativa com seu público?
  • Como sua marca pode se aprofundar em seu próprio autoconhecimento e autenticidade, mantendo-se fiel à sua essência em um mundo em constante mudança?
  • Como adaptar a identidade de marca para abraçar a diversidade de interpretações e expressões do público?
  • Como sua marca pode evitar cair no “blanding” e inovar de forma criativa e ousada para se destacar no mercado?
  • O foco da minha marca está em inspirar os consumidores e construir conexões autênticas, ou está apenas realizando transações comerciais?
  • Como sua marca pode se adaptar às mudanças culturais, mantendo-se relevante e autêntica ao mesmo tempo?

Essas e muitas outras discussões, insights e provocações estão no Report Real Brands 2024 da No Clima. Ficou interessado em acessar o material completo? Vem ler aqui!

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Written by No Clima

Consultoria criativa de Branding. Acreditamos em criar marcas reais, à prova de futuro. Somos apaixonados por branding! #brandingpravida.

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